Quando
pensamos em clássicos, Dostoiévski é um dos primeiros nomes que vem em mente,
não somente pela sua popularidade mas também pelo seu excelente trabalho quando
o assunto é a fomentação da literatura no meio acadêmico. Por mais que muitas
pessoas julguem sua escrita como difícil ou cansativa, é preciso compreender a
sua grandeza no meio literário, Fiódor foi e continua sendo inspiração pra
muita gente, suas histórias hoje em dia derivam tantas outras, é inegável falar
sobre a sua importância em nível mundial e a Nova Fronteira que não brinca em serviço, nos presenteou com
essa edição maravilhosa, um box contendo duas de suas melhores histórias,
impossível não se render.
O
autor é considerado o maior escritor russo por muita gente, e ele faz por
merecer, suas obras questionam a imensidão do humano e fazem questionar nossos
limites. É cansativa a leitura? Muitas vezes sim, mas definitivamente vale a
pena, principalmente porque a sua obra de certo modo permite que seu senso
crítico trabalhe a todo vapor, o tempo e isso é magnífico.
Nesse box maravilhoso vamos encontrar duas das obras mais conhecidas do autor, sendo O idiota o nome que se sobressai, aqui vamos conhecer o príncipe Michkin, um homem absurdamente ingênuo e capaz de perdoar a qualquer pessoa, ele está voltando depois de um bom tempo no sanatório devido à crises de epilepsia e no trem encontra pessoas peculiares, como Rogójin um homem bastante escorregadio em suas respostas e que nutre um forte amor por Nastácia Filipnovna, pois bem, a obra vai girar em torno desse triângulo amoroso, mas de um modo bem mais complexo do que estamos acostumados. O que mais me fez pensar sobre essa obra é como o príncipe não seguia o estereótipo de realeza da época, ele era muito diferente, e como ao mesmo tempo, ele é Dostoiévski em vida, com as crises de epilepsia, os problemas todos e sua fé na humanidade, sem deixar é claro, de questionar a tudo.
Nesse box maravilhoso vamos encontrar duas das obras mais conhecidas do autor, sendo O idiota o nome que se sobressai, aqui vamos conhecer o príncipe Michkin, um homem absurdamente ingênuo e capaz de perdoar a qualquer pessoa, ele está voltando depois de um bom tempo no sanatório devido à crises de epilepsia e no trem encontra pessoas peculiares, como Rogójin um homem bastante escorregadio em suas respostas e que nutre um forte amor por Nastácia Filipnovna, pois bem, a obra vai girar em torno desse triângulo amoroso, mas de um modo bem mais complexo do que estamos acostumados. O que mais me fez pensar sobre essa obra é como o príncipe não seguia o estereótipo de realeza da época, ele era muito diferente, e como ao mesmo tempo, ele é Dostoiévski em vida, com as crises de epilepsia, os problemas todos e sua fé na humanidade, sem deixar é claro, de questionar a tudo.
Já em Memória da casa dos mortos o relato é bem mais pessoal, vai falar mais especificamente do período de cárcere que o próprio autor passou por mais de quatro anos na região da Sibéria, ele foi preso por conspiração política, obviamente ele não é o personagem central da obra, mas como não vê-lo em um relato tão pessoal assim? Em cada um dos capítulos vamos conhecer alguma história que teve importância considerável no contexto do personagem Alexander. É muito angustiante acompanhar os relatos, sejam dos crimes ou dos métodos de punição, mas além disso, o mais complicado disso tudo é o personagem se dar conta que no período de sua condenação jamais ficará sozinho, nunca, quão ruim e enlouquecedor isso deve ser? Para falar de questões tão existencialistas e com um toque de experiência pessoal, o autor vai fundo e causa as maiores estranhezas possíveis no leitor, é impossível ficar indiferente depois dessa leitura.
Essa
edição é maravilhosa! As duas obras possuem capa dura, as traduções
ficaram excelentes e mais uma veze podemos ver porque a literatura russa é tão
importante para o cenário mundial.
Título: Box Fiódor Dostoiévski
Autor: Fiódor Dostoiévski
Editora: Nova Fronteira
Nº de Páginas: 1216
Sinopse: "Este box reúne dois grandes romances de Fiódor Dostoiévski:Em Memórias da Casa dos Mortos, romance autobiográfico inspirado no período em que Dostoiésvki passou na prisão de Omsk, narra a rotina de Alieksandr Pietróvitch, assassino confesso da própria mulher, em uma prisão de trabalhos forçados na Sibéria do século XIX. Fundamental na trajetória literária do autor, a obra expõe,com o realismo crasso, típico de sua poética, os dilemas vividos pelos presos: a privação do direito de ir e vir, a fome, o frio, o trabalho pesado e inútil, os maus-tratos e a solidão O idiota, escrito em 1868, é considerado um dos grandes romances da chamada segunda fase da obra de Fiódor Dostoiévski. A história começa com príncipe Míchkin de volta à Rússia depois de vários anos na Suíça. Epilético como o autor, Míchkin é um homem de compaixão sem limites cuja boa índole é uma mescla de Cristo com Quixote, um dos personagens mais complexos e impressionantes de toda a literatura mundial. Na trama, os acontecimentos acabam por mostrar como este homem puro se torna um idiota, um inadaptado em uma sociedade de valores corrompidos."